domingo, outubro 29, 2006

Diário d'um louco (parte V)


Começo por dizer que ainda este sábado estive na esplanada central de Elvas com o meu colega Fernando Faria. Deslocamo-nos à cidade alentejana em solidariedade com um amigo negociante do Faria que tinha de consolidar um negócio agrícola com uns tipos que têm uns olivais perto da fronteira espanhola. Agora só para nós: os tipos tinham uma pinta de ciganos que nem vos consigo descrever. Vendem a azeitona para o lagar de Estremoz ao dobro do preço da concorrência. Esta situação não me admira considerando o facto de que existe agora uma corrente ideológica local à região a defender que os produtores nacionais têm a legitimidade de praticar os preços que querem, pois o que vem de Espanha é mau e sem sabor. Que disparate!
Entretanto eu e o Fernando fomos ao café da praça central de Elvas pois não estavamos para aturar e ouvir acerca das tendências do mercado da azeitona e do azeite e das politicas que a união europeia tem promovido em relacção a estas questões. Devo desabafar com o leitor que para mim o ambiente naquela cidade é bestial! Encontravam-se inúmeros espanhóis e turistas nacionais em visita ao castelo e à igreja central. Faz lembrar aquelas cidades históricas do centro da europa, apesar de não ter nada a ver. A tarde de sol acompanhada de um pastel de nata, de um café e de um jornal foi a base para o inicio de uma conversa curta acerca da reestruturação da administração pública. Hoje vou tentar introduzir o tema em questão, aproveitando o facto da minha sobrinha já ter feito anos. Por acaso, tentando não começar a fugir ao assunto posto em cima da mesa, ofereci-lhe um relógio digital dos chineses que me custou ainda uns caros 15 euros (admito-vos sem vergonha alguma ter deixado a etiqueta do preço no relógio. A vida está cara e a cachopa tem de começar a ver o que custa).
Administração pública: Como sabem o governo é uma instituição pública de legislação e administração cujo objectivo consiste em governar e aprovando leis para regular a economia e o modo de funcionar de um país que possui um conjunto de habitantes e empresas que se encontram sobe o domínio legislativo do estado. O estado é composto por organismos (aqui é que entra o assunto que vos trago). O jornal de sábado anunciava a noticia de que o governo está a desenvolver um processo reestruturativo em relação aos organismos da Administração central, composta neste momento por 518 organismos. Este programa do governo pretende reduzir e reorganizar a “máquina”, de modo a que, no final, sobrem apenas 331.
Eu como tipo pacato e desinteressado que sou em relação às questões mais técnicas de estado abanei a cabeça enquanto pensava no estinguir da DGV (Direcção Geral de Viacção) e perguntei uma opinião mais esclarecida ao Faria. Este encontrava-se a comer um gelado (daqueles para os putos com muito gelo) e engasgou-se de forma violenta o que o impossibilitou de responder à questão. Fiquei sem saber a opinião do Faria que foi prontamente transportado para casa com uma espécie de uma má disposição e irritação em relação aos gelados de gelo em geral.

domingo, outubro 22, 2006

Diário d'um louco (Parte IV)


Há dias encontrei uma sociedade oligárquica onde quem produzia era quem vivia na miséria e onde quem enriquecia era quem explorava os seus inúmeros trabalhadores. Recordo o sentimento déjá vu que me invadiu após o reconhecimento da dita descoberta.
Devo confessar que me encontrava a ler uma crónica de jornal de um "jornalistazeco barato" num café local com o meu amigo Fernando Faria. Era um sábado à tarde de povoação ensolarado por sinal, e onde os dias parecem mais longos e as manhãs divulgam pequenos refúgios a uma pasmaceira geral. Tenho de admitir que o meu colega apresenta umas ideias um pouco conservadoras, feudais, monopolistas, liberais em relação à economia, mas que eu classificaria como intolerantes e inconscientes para com uma sociedade que se pretende saudável e equilibrada no seu sentido de crescimento e oportunidades. Eu sempre me considerei um tipo pacato com ideias flexíveis e de bom senso. Mudo facilmente de opinião, onde muitas vezes gosto de considerar e de admitir certos pontos de vista que não os meus. Em relação ao Faria não consigo, muitas vezes, tal equilíbrio mental, ou linha orientadora de ideologia pessoal.
Eu só não trago o assunto em questão para este blog visto não ter tempo operacional. Tenho de passar na praça do comércio ainda antes das 16 para comprar um relógio nos chineses para oferecer à minha sobrinha que, ao que parece, faz anos este domingo.
Termino assumindo que deve existir igualdade nos mecanismos de produção e distribuição para que haja harmonia numa economia mais global. Estas regras básicas devem ser controladas ao máximo para que não reine o desemprego, o caos e muitas vezes as oligarquias e monopólios característicos. Peço desculpas por não ter exposto o tema em foco por motivos de falta de tempo. Tenho dito.

sábado, outubro 14, 2006

BanaLatoSoft: Lançamento Oficial do RecriaPong


A BanaLatoSoft 2006 apresenta ao mundo o lançamento oficial do projecto RecriaPong.
Para jogar basta descarregar este ficheiro. Se necessário instalem o framework .NET 1.1 (constitui um requisito para o jogo).
Este projecto foi desenvolvido pela empresa no âmbito de um outro projecto de nome RECRIA cujos principais objectivos consistem em promover a melhoria das capacidades e integração de pessoas portadores de deficiências psico-motoras. O jogo apresenta uma interface de ajuste dos parâmetros de dificuldade que ajudam à adequação do software em conformidade com as reais necessidades dos seus utilizadores. Esperemos que gostem.


BanaLatoSoft: Who do you want to fuck today?

terça-feira, outubro 10, 2006

Vamos Saca-lo por um mundo melhor

Situações em que o devo Sacar?
- Uma tipa desconhecida te pedir lume e/ou tentar-te cravar um
cigarro.
- Quando pretendes congelar uma conversa desinteressante.
- Quando estiveres revoltado com alguma situação.
- Quando tiveres de pagar a resi e alguém disser: “o menino vai
pagar multa”.
- Quando vais jantar lá em baixo, ainda não são 9 da noite e te
dizem: “já não servimos jantares a esta hora”.
- Quando alguma caloira te quiser conhecer melhor.
- Quando fores ao quarto do Barbosa e ele tiver com merdas.
- Em situações de convívio e a malta esteja a comparar tamanhos e
formas de sacanso.

Técnica:
1. Procurar o momento certo.
2. Abrir a braguilha de forma distinta e abrupta.
3. Sacá-lo em ar inerte e transversal. Deixar que a gravidade o
deixe cair numa mesa ou numa outra superfície dura.
4. Dar-lhe 2 ou 3 safanões finais para que se note a consistência
do bicho.

História:
Consta a história que os antigos sacavam para impressionar as
fêmeas.

Mensagem final:
Hoje em dia vivemos num mundo cruel onde existe muita
competitividade. Para combater de forma justa certas situações um
homem tem de o sacar. Saca-o por um mundo melhor. Não o saques
em vão. Terás de ter um motivo forte para o fazeres.

sábado, outubro 07, 2006

Inquietude

Inquietude. Como não consegui falar, gritei... gritei até me estalarem os ouvidos, até deixar de ver, de saborear, de sentir! Simplesmente foi até deixar de me aperceber que existia. Na sombra que a escuridão provoca, rasguei veredas numa busca incessante pelas interrogações. Preso, o tempo tenta fugir-me da mão, mas depressa consegui amordaçar todos os segundos que faltavam. Novos devaneios líricos e exaltações espirituais tomaram posse de mim, tomando o meu corpo como lar, raptando a minha alma como asilo, apoderando-se do meu pensamento... Agora que tudo se consumiu, agora que foi tudo uma questão um mero pretérito, volto a não conseguir falar. Não falo mas grito num tom inaudível, para que ninguém ouça e perceba o que é apenas inquietude. Sim, inquietude!


Diário d'um louco (Parte III)


Vocês não vão acreditar no que me aconteceu.
Ontem deparei-me com dois tipos que estavam no trabalho. Fazem parte daquele tipo de pessoas que compram o jornal económico todos os dias e que conhecem o valor do índice PSI20 e mais alguns. Só sei que se falava das comemorações do 5 de Outubro. Mas que raio! O pessoal está no trabalho! Poderia falar-se de futebol, de carros, de gajas, de férias, de hotéis, de viagens, de coisas boas da vida e os tipos estavam encostados à sombra de um teto enclausurante a beber um café e a falar em protocolos políticos desprezáveis?

Eu por acaso reparei na cara do nosso presidente da republica. Devo referir que gostei da postura dele. Apesar de sisudo mostra segurança e liderança nas palavras. Mostra a experiência de uma vida dedicada à politica e ao serviço de estado. Mas gostei mais de ouvir o Presidente da Câmara de Lisboa falar no descrédito que há nos políticos. Identifiquei-me com as ideias dele pelo facto de considerar a classe politica alvo de criticas obvias acerca da potencial falta de competências. Um engenheiro, um homem do conhecimento, alguém que compreende a mecânica da sociedade e que sabe optimizar processos empresariais provavelmente não vai querer desgastar-se na politica. A politica é um bicho mau. É um polvo de tentáculos sufocantes que dificilmente dará folga à criatividade e ao progresso. Estão todos atentos às potenciais toupeiras. Está tudo com medo e com o crédito vivo pronto a comprar o que for em prole da não revolução estruturante. Eu não sei se vocês compreendem o que eu estou a dizer. Provavelmente não! Mas esta merda toda funciona de uma única maneira amigos: “we are all moving about Money!” (tem de ser dito lentamente e com uma voz sábia para ter mais impacto. Experimentem em frente ao espelho... No fim libertarão uma gargalhada maquiavélica. Acontece tipicamente com recorrência aos tipos que procuram verdades universais em frente ao espelho).

E mais não digo