domingo, fevereiro 24, 2008

No Planeta dos Escarros (Episódio III)

Inacreditável !,,, é sem margem para dúvida o primeiro adjectivo que consigo exteriorizar.
Os excrementos do Cavalinho Incontinente são compostos por bocados de matéria orgânica em elevado estado de putrefacção acompanhados por minúsculos ovinhos brancos que vertem larvas florescentes e que se multiplicam na porpução de uma para três ao ritmo de 45 procriações por minuto. À primeira vista parece que estes animais se alimentam de caranguejos furunculosos existentes nos pântanos tropicais do planeta. O pus largado pelas raízes dos furúnculos destes Carangueijos contribui com um conjunto de moléculas e aminoácidos essenciais ao nascimento das larvas. A incontinência do Cavalo é importante para a sua sobrevivência, pelo facto de este ter de se livrar dos milhares de milhões de ovinhos larvónicos presentes no seu sistema digestivo. Estas fezes serão importantes para alimentar a maioria dos insectos, babosas e trols fedorentos. Ao mesmo tempo favorecem a renovação dos parasitas e matéria orgânica dos ricos terrenos deste sistema.
O mapa que vos mando no inicio desta mensagem corresponde ao local que estamos a estudar, para já, neste fantástico Planeta verde. O circulo ilustrado encontra-se preenchido com um conjunto de números que identificam a predominância das espécies conhecidas até ao momento:

1- Cavalinhos Incontinentes (34%)
2- Babosas (57%)
3- Carangueijos Furunculosos (7%)
4- Trols Fedorentos (2%)

Pela análise do estudo podemos concluir que os Trols se encontram em vias de extinção. Esta situação é explicada pelo elevado crescimento populacional das Babosas (que têm vindo a ganhar terreno nos últimos milhares de anos) explicada pelo facto de estas se protegerem bem dos ataques nocturnos dos Trols recorrendo sobretudo aos casulos nhanhosos e às armadilhas de poços de "ranho babónico" que se encontram normalmente 20 a 30 metros dos casulos mais importantes.

Depois da análise das espécies mais importantes desta zona circular teremos todo o gosto em descrever, na próxima reportagem, os combates e guerras que têm sido travadas entre estes seres. Neste momento acreditamos que estas espécies se encontraram num equilíbrio diplomático que lhes permite não perder mais população e ao mesmo tempo sobreviver. No entanto a predominância das Babosas pode ser um risco (segundo o meu entender) para o habitat. Entretanto surge-me a notificação neste preciso momento que as babosas estão a ser atacas fortemente na ala norte perto das zonas geladas. Vamos enviar uma sonda para podermos compreender o que se passa.

Não percam o próximo episódio, porque nós também não!


Dia 37 da mudança de direcção do cometa FTFRT[45-Hffjj1] em torno do sistema VI-F
(mais uma vez peço desculpas pela minha fraca capacidade em orientar-me... acreditem que nós vivemos há mais de cem mil anos sem calendários explicado pela elevada quantidade de sistemas e órbitas que já conhecemos).

terça-feira, fevereiro 19, 2008

No planeta dos Escarros (Episódio II)


Devo começar por me apresentar antes de prosseguir. Eu bem sei que devia tê-lo feito no primeiro dia de reports desta fantástica viagem e projecto de vida. O entusiasmo do momento a e pouca experiência em lidar com este tipo de experiências não permitiram tamanha elevação de coerência. Sou um jovem cientista espacial e faço parte de uma equipa de exploradores do espaço que deixou o sistema solar há meia idade do universo atrás quando o nosso sistema se encontrava debilitado pelas chuvas cósmicas e nebulosas tóxicas. A nossa equipa de tripulação faz parte da triagem H45G (nome de código) que seguiu numa direcção completamente oposta às outras.
Para vos enquadrar, no momento em que começo estes relatos a minha equipa de exploradores, eu e mais 20 pessoas, alcançou um pequeno planeta verde que descreve uma órbita pouco ortodoxa em torno de uma estrela branca de meia idade. Recorrendo aos nosso fantástico equipamento de pré-diagnostico constatamos a predominância de uma espécie multicelular: As Babosas. Estes indivíduos movem-se largando gosma e recorrem a fantásticos esguichos de ranho castanho para imobilizar outras espécies menores. Possuem inteligência média capaz de emoções fortes, criatividade, proatividade, entre outras actividades que demonstram evoluções genéticas induzidas pelo habitat.
No momento em que vos escrevo já conheço o resultado da primeira recolha da nossa sonda de diagnóstico Nível I:

As babosas dormem em casulos de vómito vermelho largado pelos seus progenitores. Este vómito vermelho ao fim de poucos segundos em contacto com a atmosfera "escarrónica" do planeta verde solidifica dando origem a uma espécie de caca de boi com um cheiro similar. A caca de boi passados 3 minutos forma uma rede de nhanha gelatinosa inodoro e incolor que agarra e mata qualquer insecto ou parasita. Neste momento sabemos que as Babosas se alimentam de Semén dos Cavalinhos Incontinentes. O Cavalinho Incontinente encontram-se predominantemente na afluência de esgoto 51 (área que o meu colega tipográfico já identificou). Como são incontinentes encontram-se recorrentemente a verter fezes tóxicas que servem de alimento às Babosas, desconfiamos que o sémen é o molho de acompanhamento, e aos insectos que por sua vez morrem na nhanha dos casulos das Babosas.
Como vêm já conseguimos identificar um pequeno sistema ou cadeia alimentar. O próximo passo será analisar uma recolha de excremento de Cavalinho Incontinente para compreendermos do que ele se alimenta.


Aguardem novidades.
Dia 51 do ano orbital do planeta Xfd4 a contar da explosão da estrela FHbd63 (desculpem a minha orientação ser pouca clara).

domingo, fevereiro 17, 2008

No planeta dos Escarros (Episódio I)


Há infinitos milhares de milhões de anos Luz encontra-se um pequeno planeta verde a que nós cientistas damos o nome de "Planeta dos Escarros". Pouco ainda se pode adiantar em relação a este pequeno habitat natural. Sabe-se que apresenta uma atmosfera verde e viscosa e que é habitado por babosas ranhosas que disparam ranhetas acastanhadas e pegajosas. Entretanto foi enviada uma sonda para se compreender mais da vida e natureza deste misterioso Planeta dos Escarros.


Aguardem novidades da exploração.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

This is the end


Companheiros e camaradas… Almas caminhantes por este emaranhado de estradas inconsequentes… companheiros e camaradas sereis, até que a dita nos separe para sempre levando-nos a alma e os átomos ao infinito de tudo… companheiros e camaradas que outrora me alegraram na penumbra da inocência ou ignorância de cruel destino.
Sinto-me alegremente invadido por esta ideia da escuridão. Como se a humanidade, a vida, os valores e tudo o que se conhece ou desconhece se partisse para sempre numa visão egocêntrica e egoísta. Asseguro o leitor que o fim está eminente.


Despeço-me,
Comum Mortal