terça-feira, fevereiro 19, 2008

No planeta dos Escarros (Episódio II)


Devo começar por me apresentar antes de prosseguir. Eu bem sei que devia tê-lo feito no primeiro dia de reports desta fantástica viagem e projecto de vida. O entusiasmo do momento a e pouca experiência em lidar com este tipo de experiências não permitiram tamanha elevação de coerência. Sou um jovem cientista espacial e faço parte de uma equipa de exploradores do espaço que deixou o sistema solar há meia idade do universo atrás quando o nosso sistema se encontrava debilitado pelas chuvas cósmicas e nebulosas tóxicas. A nossa equipa de tripulação faz parte da triagem H45G (nome de código) que seguiu numa direcção completamente oposta às outras.
Para vos enquadrar, no momento em que começo estes relatos a minha equipa de exploradores, eu e mais 20 pessoas, alcançou um pequeno planeta verde que descreve uma órbita pouco ortodoxa em torno de uma estrela branca de meia idade. Recorrendo aos nosso fantástico equipamento de pré-diagnostico constatamos a predominância de uma espécie multicelular: As Babosas. Estes indivíduos movem-se largando gosma e recorrem a fantásticos esguichos de ranho castanho para imobilizar outras espécies menores. Possuem inteligência média capaz de emoções fortes, criatividade, proatividade, entre outras actividades que demonstram evoluções genéticas induzidas pelo habitat.
No momento em que vos escrevo já conheço o resultado da primeira recolha da nossa sonda de diagnóstico Nível I:

As babosas dormem em casulos de vómito vermelho largado pelos seus progenitores. Este vómito vermelho ao fim de poucos segundos em contacto com a atmosfera "escarrónica" do planeta verde solidifica dando origem a uma espécie de caca de boi com um cheiro similar. A caca de boi passados 3 minutos forma uma rede de nhanha gelatinosa inodoro e incolor que agarra e mata qualquer insecto ou parasita. Neste momento sabemos que as Babosas se alimentam de Semén dos Cavalinhos Incontinentes. O Cavalinho Incontinente encontram-se predominantemente na afluência de esgoto 51 (área que o meu colega tipográfico já identificou). Como são incontinentes encontram-se recorrentemente a verter fezes tóxicas que servem de alimento às Babosas, desconfiamos que o sémen é o molho de acompanhamento, e aos insectos que por sua vez morrem na nhanha dos casulos das Babosas.
Como vêm já conseguimos identificar um pequeno sistema ou cadeia alimentar. O próximo passo será analisar uma recolha de excremento de Cavalinho Incontinente para compreendermos do que ele se alimenta.


Aguardem novidades.
Dia 51 do ano orbital do planeta Xfd4 a contar da explosão da estrela FHbd63 (desculpem a minha orientação ser pouca clara).

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