quinta-feira, junho 05, 2008

Brothers In Arms





See you in next life, when we are both cats.

quarta-feira, abril 23, 2008

Memento

R.I.P. Miguel Rosa Malato 22/07/1982 - 15/04/2008




Everyone Must See This! - Watch today’s top amazing videos here

domingo, março 02, 2008

No Planeta dos Escarros (Episódio IV)


Peço desculpas por não dar notícias mais cedo. Ultimamente temos tido problemas na nossa estação orbital mais especificamente no módulo das comunicações inter-galácticas.
Como vos disse há uns meses (*) atrás as Babosas estavam a sofrer um ataque na zona norte perto das regiões geladas. Temos acompanhado de perto o que se passa neste local e podemos assegurar-vos que não têm faltado aventuras e pontos de interesse nesta análise. Começo por dizer desde já que não tenho muito tempo para fazer este report pelo facto de hoje um colega nosso de bordo fazer 123560 anos (se não contarmos com o tempo em que esteve congelado faria 28 anos). Estamos por isso a pensar fazer-lhe uma surpresa onde lhe vamos oferecer um acelerador de partículas cósmicas de 2564 Watt de potência. Esperemos que ele goste, enfim. Prosseguindo:

Nas zonas geladas vivem pelo menos duas espécies já identificadas: As NhanhoSugas Polares e as Super-Babosas.
As Super-Babosas são por nós consideradas uma evolução genética das Babosas do Sul e apresentam um escarro mais denso, pegajoso e com resistência ao frio. Alimentam-se de Babosas e hibernam 3 a 4 vezes por ano (altura em que as Babosas do Sul crescem e se desenvolvem a um ritmo infernal para depois servirem de alimento às Super-Babosas quando estas últimas acordarem do sono profundo). As NhanhoSugas Polares como o nome indica sugam todo o género de nhanhas, escarros e gosmas libertadas pelas Super-Babosas e dormem congeladas no gelo para se protegerem da mega reflexão radiosa do gelo. Este gelo é composto por água e enxofre que torna a radiação altamente violenta a qualquer ser que viva perto dela. As Super-Babosas hibernam para mudar de pele permitindo-lhes suportar melhor a alta radiação. Para vos descrever este animal começo por dizer-vos que é 2 a 3 vezes maior que uma Babosa sénior e que o seu escarro é composto por catalisadores naturais capazes de dissolver uma costeleta de porco de 100 gramas em apenas 8 segundos e meio. Estas Super-Babosas são demasiado violentas e enquanto se encontram acordadas invadem as aldeias Babósicas do Sul e devastam tudo o que encontram.
O último ataque que as Babosas do Sul sofreram provocou uma diminuição de 10% na sua população total. Sinceramente, começo a compreender o porquê do elevado crescimento populacional das Babosas. Os próximos três meses serão hostis para toda a zona sul que provavelmente sofrerá alterações demográficas acentuadas.
Aguardem desenvolvimentos...


(*) meses do sistema V-GGHj1. Nesta altura este sistema encontra-se com uma luz muito forte devido à passagem de uma corrente de cometas que nos ajudam a identificar melhor o tempo neste local.

domingo, fevereiro 24, 2008

No Planeta dos Escarros (Episódio III)

Inacreditável !,,, é sem margem para dúvida o primeiro adjectivo que consigo exteriorizar.
Os excrementos do Cavalinho Incontinente são compostos por bocados de matéria orgânica em elevado estado de putrefacção acompanhados por minúsculos ovinhos brancos que vertem larvas florescentes e que se multiplicam na porpução de uma para três ao ritmo de 45 procriações por minuto. À primeira vista parece que estes animais se alimentam de caranguejos furunculosos existentes nos pântanos tropicais do planeta. O pus largado pelas raízes dos furúnculos destes Carangueijos contribui com um conjunto de moléculas e aminoácidos essenciais ao nascimento das larvas. A incontinência do Cavalo é importante para a sua sobrevivência, pelo facto de este ter de se livrar dos milhares de milhões de ovinhos larvónicos presentes no seu sistema digestivo. Estas fezes serão importantes para alimentar a maioria dos insectos, babosas e trols fedorentos. Ao mesmo tempo favorecem a renovação dos parasitas e matéria orgânica dos ricos terrenos deste sistema.
O mapa que vos mando no inicio desta mensagem corresponde ao local que estamos a estudar, para já, neste fantástico Planeta verde. O circulo ilustrado encontra-se preenchido com um conjunto de números que identificam a predominância das espécies conhecidas até ao momento:

1- Cavalinhos Incontinentes (34%)
2- Babosas (57%)
3- Carangueijos Furunculosos (7%)
4- Trols Fedorentos (2%)

Pela análise do estudo podemos concluir que os Trols se encontram em vias de extinção. Esta situação é explicada pelo elevado crescimento populacional das Babosas (que têm vindo a ganhar terreno nos últimos milhares de anos) explicada pelo facto de estas se protegerem bem dos ataques nocturnos dos Trols recorrendo sobretudo aos casulos nhanhosos e às armadilhas de poços de "ranho babónico" que se encontram normalmente 20 a 30 metros dos casulos mais importantes.

Depois da análise das espécies mais importantes desta zona circular teremos todo o gosto em descrever, na próxima reportagem, os combates e guerras que têm sido travadas entre estes seres. Neste momento acreditamos que estas espécies se encontraram num equilíbrio diplomático que lhes permite não perder mais população e ao mesmo tempo sobreviver. No entanto a predominância das Babosas pode ser um risco (segundo o meu entender) para o habitat. Entretanto surge-me a notificação neste preciso momento que as babosas estão a ser atacas fortemente na ala norte perto das zonas geladas. Vamos enviar uma sonda para podermos compreender o que se passa.

Não percam o próximo episódio, porque nós também não!


Dia 37 da mudança de direcção do cometa FTFRT[45-Hffjj1] em torno do sistema VI-F
(mais uma vez peço desculpas pela minha fraca capacidade em orientar-me... acreditem que nós vivemos há mais de cem mil anos sem calendários explicado pela elevada quantidade de sistemas e órbitas que já conhecemos).

terça-feira, fevereiro 19, 2008

No planeta dos Escarros (Episódio II)


Devo começar por me apresentar antes de prosseguir. Eu bem sei que devia tê-lo feito no primeiro dia de reports desta fantástica viagem e projecto de vida. O entusiasmo do momento a e pouca experiência em lidar com este tipo de experiências não permitiram tamanha elevação de coerência. Sou um jovem cientista espacial e faço parte de uma equipa de exploradores do espaço que deixou o sistema solar há meia idade do universo atrás quando o nosso sistema se encontrava debilitado pelas chuvas cósmicas e nebulosas tóxicas. A nossa equipa de tripulação faz parte da triagem H45G (nome de código) que seguiu numa direcção completamente oposta às outras.
Para vos enquadrar, no momento em que começo estes relatos a minha equipa de exploradores, eu e mais 20 pessoas, alcançou um pequeno planeta verde que descreve uma órbita pouco ortodoxa em torno de uma estrela branca de meia idade. Recorrendo aos nosso fantástico equipamento de pré-diagnostico constatamos a predominância de uma espécie multicelular: As Babosas. Estes indivíduos movem-se largando gosma e recorrem a fantásticos esguichos de ranho castanho para imobilizar outras espécies menores. Possuem inteligência média capaz de emoções fortes, criatividade, proatividade, entre outras actividades que demonstram evoluções genéticas induzidas pelo habitat.
No momento em que vos escrevo já conheço o resultado da primeira recolha da nossa sonda de diagnóstico Nível I:

As babosas dormem em casulos de vómito vermelho largado pelos seus progenitores. Este vómito vermelho ao fim de poucos segundos em contacto com a atmosfera "escarrónica" do planeta verde solidifica dando origem a uma espécie de caca de boi com um cheiro similar. A caca de boi passados 3 minutos forma uma rede de nhanha gelatinosa inodoro e incolor que agarra e mata qualquer insecto ou parasita. Neste momento sabemos que as Babosas se alimentam de Semén dos Cavalinhos Incontinentes. O Cavalinho Incontinente encontram-se predominantemente na afluência de esgoto 51 (área que o meu colega tipográfico já identificou). Como são incontinentes encontram-se recorrentemente a verter fezes tóxicas que servem de alimento às Babosas, desconfiamos que o sémen é o molho de acompanhamento, e aos insectos que por sua vez morrem na nhanha dos casulos das Babosas.
Como vêm já conseguimos identificar um pequeno sistema ou cadeia alimentar. O próximo passo será analisar uma recolha de excremento de Cavalinho Incontinente para compreendermos do que ele se alimenta.


Aguardem novidades.
Dia 51 do ano orbital do planeta Xfd4 a contar da explosão da estrela FHbd63 (desculpem a minha orientação ser pouca clara).

domingo, fevereiro 17, 2008

No planeta dos Escarros (Episódio I)


Há infinitos milhares de milhões de anos Luz encontra-se um pequeno planeta verde a que nós cientistas damos o nome de "Planeta dos Escarros". Pouco ainda se pode adiantar em relação a este pequeno habitat natural. Sabe-se que apresenta uma atmosfera verde e viscosa e que é habitado por babosas ranhosas que disparam ranhetas acastanhadas e pegajosas. Entretanto foi enviada uma sonda para se compreender mais da vida e natureza deste misterioso Planeta dos Escarros.


Aguardem novidades da exploração.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

This is the end


Companheiros e camaradas… Almas caminhantes por este emaranhado de estradas inconsequentes… companheiros e camaradas sereis, até que a dita nos separe para sempre levando-nos a alma e os átomos ao infinito de tudo… companheiros e camaradas que outrora me alegraram na penumbra da inocência ou ignorância de cruel destino.
Sinto-me alegremente invadido por esta ideia da escuridão. Como se a humanidade, a vida, os valores e tudo o que se conhece ou desconhece se partisse para sempre numa visão egocêntrica e egoísta. Asseguro o leitor que o fim está eminente.


Despeço-me,
Comum Mortal

segunda-feira, dezembro 03, 2007

O Funil da Vida

Caros companheiros desta estrada que é a vida. Permitam-me esta aproximação paternalista e filosófica para ajudar na introdução de um assunto delicado que tenho, felizmente ou infelizmente, pensado ao longo destes últimos meses de trabalho. Devo confessar que o café de hoje com o meu colega e amigo Nabais me ajudou a formular uma teoria baseada naquilo que se passa ao longo da vida das pessoas sem que elas se apercebam de forma activa.

Apercebi-me, caros companheiros, que afinal nós vivemos todos dentro de um grande funil. À medida que avançamos nele vamos obtendo coisas, ganhando novos objectivos, vencendo batalhas e ao mesmo tempo vamos ganhando o medo de arriscar porque podemos perder tudo o que ganhamos. Este medo faz com que o nosso caminho fique mais estreito como se pode ver pela análise da seguinte figura.

O estreitar do caminho traz-nos menos graus de liberdade, menos criatividade, menos imprevisibilidade, mais responsabilidades e consequentemente menos tempo para vivermos de forma harmoniosa e livre como seres racionais e livres que somos. As obrigações e as conquistas vão tornando o ser humano escravo em manter a sua condição que foi criada muito por culpa das pressões que a sociedade lhe impõe sob a forma de valores (coisa típica das civilizações ditas evoluidas).

Venho por este meio alertar aqueles que, como eu, ainda se encontram no topo do funil. A estes espero que sigam o seu caminho com sentido critico. Com sentido de liberdade e ao mesmo tempo de responsabilidade. Acima de tudo peço-vos que não tenham medo de arriscar. O funil é tudo o que nos resta se vivermos uma vida regular e sem surpresas.


Miguel Malato - 3/12/2007

domingo, julho 15, 2007

O que mais dói na miséria é a ignorância que ela tem de si mesma. Confrontados com a ausência de tudo, os homens abstêm-se do sonho, desarmando-se do desejo de serem outros.

Mia Couto

quinta-feira, junho 07, 2007

O Coelhinho Drogado

Era uma vez um coelhinho que andava a passear no campo quando viu dois elefantes. Ao cruzarem-se começaram a falar. O resumo do diálogo entrontra-se em anexo